MESAS SIMULTÂNEAS

Na parte da tarde, a programação da RedPOP2023 traz mesas simultâneas, como um momento de debate conjunto de temas relacionados ao evento e, de uma forma geral, à divulgação científica na América Latina.

Essas atividades serão realizadas nos auditórios de Bio-Manguinhos, do Museu da Vida Fiocruz, do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), Tenda da Ciência e no auditório e nas salas do Centro de Documentação e História da Saúde (CDHS).

Confira a programação das mesas simultâneas a seguir.

11 DE JULHO

Gênero e interseccionalidade na divulgação científica

Participantes: Gabriela Reznik, Verônica Soares da Costa, Fatine Conceição Oliveira, Katemari Rosa, Ana Lúcia Nunes de Souza, Marcia Cristina Bernardes Barbosa

Resumo: A contribuição de uma perspectiva feminista interseccional para o campo de pesquisa e de prática na divulgação científica ainda é um aspecto pouco explorado nas pesquisas do campo, embora seja de grande importância para o desenvolvimento de uma comunicação pública da ciência mais diversa, inclusiva, e que se alinhe a valores antirracistas e antissexistas tão relevantes na contemporaneidade. Cientes de que explicitamos nossas perspectivas e demarcamos o lugar do qual falamos com as potências e limitações que lhes são características, esta proposta de mesa-redonda visa olhar criticamente para perspectivas dominantes que moldam os discursos em torno da ciência, em especial, visões eurocêntricas, ocidentalizadas, masculinas, brancas e heteronormativas, ao mesmo tempo em que propõe colocar em pauta perspectivas de epistemologias não-dominantes para pensarmos a prática e a pesquisa da divulgação científica, com especial ênfase para as contribuições das pluralidades teórico-metodológicas das epistemologias feministas. Cientes de que as relações de gênero atravessam todas as esferas sociais e são um dos eixos centrais que organizam nossas experiências de vida, os espaços públicos e privados, as oportunidades e as esferas de poder, em uma vinculação com demais marcadores sociais da diferença, como raça, classe, sexualidade, parentalidade e capacitismo, buscamos debater como os estudos feministas podem contribuir para que a divulgação científica se situe nesta discussão, não se abstendo de observar, criticar e analisar a equidade, a inclusão e a justiça social em suas práticas, de modo a não mais operar a partir de condições estruturantes desiguais e excludentes. Desta forma, propomos a mesa “Gênero e interseccionalidade na divulgação científica”, com a participação das pesquisadoras Verônica Soares da Costa (PUC Minas) – cujas pesquisas versam sobre a comunicação pública da ciência nos ambientes digitais a partir do olhar dos estudos feministas da ciência; Fatine Conceição Oliveira (UFMG) – que pesquisa feminismos e mulheres com deficiência; Katemari Rosa (UFBA) – que pesquisa como as intersecções de gênero, raça e sexualidade contribuem para diversas opressões na construção da ciência e das identidades científicas; Ana Lucia Nunes (Nutes/UFRJ) que pesquisa educação e relações étnico-raciais; e Marcia Cristina Bernardes Barbosa (UFRGS; Secretária de Políticas e Programas Estratégicos do MCTI) que pesquisa relações de gênero, ciência, tecnologia e políticas públicas; e moderação de Gabriela Reznik (Museu da Vida/Fiocruz-RJ) que pesquisa a construção de pertencimento às áreas científicas de jovens mulheres em projetos de divulgação científica.

Hora: 15h30-17h

Local: Auditório de Bio-Manguinhos

*Haverá legenda em português em tempo real
A criação e a operação de centros de ciências: desafios e perspectivas

Participantes: Agnes Christie Ferreira Mileris, Anne Richardson, Andrés Roldán, Martha Marandino

Resumo: “Os museus e centros de ciências são instituições que vêm passando por importantes transformações em relação ao que preservam, como preservam e como comunicam-se com seus públicos. Em uma sociedade cada vez mais pautada por polarizações e ataques ao conhecimento científico, espera-se que essas instituições consigam estabelecer pontes entre a sociedade e as ciências, bem como balizar debates e promover acesso aos saberes e produtos gerados por meio das pesquisas científicas e aplicações tecnológicas.

Historicamente essas instituições estão associadas a espaços educacionais e de popularização das ciências, e foram adquirindo contornos específicos de acordo com as políticas públicas desenvolvidas regionalmente. Na contemporaneidade as discussões em torno do tema trazem a importância da promoção e do desenvolvimento de uma cultura científica, na qual os museus e centros de ciências são importantes mecanismos. O desafio que se coloca nos tempos atuais para essas instituições é como favorecer a compreensão pública da ciência por meio de mecanismos que, superando o modelo de déficit, promovam perspectivas mais democráticas e participativas de comunicação pública da ciência e estímulo à curiosidade e à criatividade.

Neste contexto, propomos o diálogo entre três instituições diversas, em tempo de existência, contexto social e urbano, mas conectadas a uma mesma geração de museus e centros de ciências para compartilhar os seus principais desafios e perspectivas de futuro.

Hora: 15h30-17h

Local: Auditório do Museu da Vida Fiocruz

*Haverá legenda em português em tempo real
Teoria & prática: encontros inspiradores na interface teatro, divulgação científica e inclusão sociocultural

Participantes: Carla da Silva Almeida, Leticia Guimarães, Marina Henriques, Cláudia Millás, Javier Garcia de Souza.

Resumo: No meio da divulgação científica, muito tem se defendido uma maior e melhor integração entre a teoria e a prática. Em geral o que se observa são pesquisadores da área buscando formas de tornar seu trabalho relevante e útil para as ações de divulgação científica. Nesta mesa-redonda, vamos apresentar e debater diferentes formas de interação entre teoria e prática da perspectiva das artes cênicas que se voltam à divulgação científica e à inclusão sociocultural. Para isso, contaremos com participantes que são referências no teatro, na dança e na divulgação científica com experiências práticas e reflexões teóricas que se retroalimentam em seus trabalhos. O intuito é estimular um debate qualificado e ao mesmo tempo realista sobre como prática e teoria podem dialogar de forma mais orgânica e fértil na divulgação científica, sem serem vistas como locais distantes e isolados dentro do campo. Afinal, quem pratica também teoriza e quem teoriza também pode experimentar a prática. Para compor a mesa, convidaremos Leticia Guimarães, atriz e diretora do Ciência em Cena, espaço teatral do Museu da Vida Fiocruz; Marina Henriques, professora do Departamento de Ensino do Teatro, dos programas de pós-graduação em Ensino das Artes Cênicas e em Artes Cênicas da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), onde também coordena o Programa de Extensão Teatro em Comunidade; e a bailarina, acrobata e escaladora Claudia Millás, pesquisadora corporal e professora adjunta do Departamento de Arte Corporal da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que está trabalhando numa performance sobre o antropoceno. A mediadora da mesa será Carla Almeida, pesquisadora do Núcleo de Estudos da Divulgação Científica do Museu da Vida Fiocruz e fundadora do Grupo de Aprendizagem em Ciência e Teatro (GACT), coletivo independente voltado à pesquisa artística e acadêmica das interações entre ciência e teatro.  

Hora: 15h30-17h

Local: Tenda da Ciência

Popularización inclusiva de ciencia: experiencias y retos

Participantes: Maria de Lourdes Patiño, Marcelle Pita de Sousa do Carmo, Teresa Paz Vernal Vilicic,

María Cristina Díaz Velásquez

Resumo: Desde un enfoque de Derechos Humanos (DH), la divulgación podría coadyuvar a cumplir el artículo 27 de la Declaración de DH, que establece que ‘toda persona tiene derecho a tomar parte libremente en la vida cultural de la comunidad, a gozar de las artes y a participar en el progreso científico y en los beneficios que de él resulten’ (ONU, 1948).

Según la UNESCO, la inclusión es un enfoque que responde adecuadamente a la diversidad y a las diferencias individuales, y que abre oportunidades para el enriquecimiento de la sociedad a través de la participación activa de todas las personas –principalmente de los grupos vulnerables y las minorías– en la todos los procesos sociales, culturales y en las comunidades, lo cual implica un acceso universal a ellos y mecanismos de participación de todas las personas.

La inclusión es el reconocimiento de que todas las personas tienen habilidades y potencialidades propias, diferentes a las de los demás, por lo que las diversas necesidades exigen respuestas distintas. Una popularización inclusiva debe identificar y atender esas diferencias, de manera que se garantice un acceso a todas las personas al conocimiento derivado de las ciencias.

En la mesa se presentará un marco general distinguiendo la integración de la inclusión — términos que muchas veces se confunden–, resaltando las características y retos de la inclusión desde una perspectiva integral, que abarca múltiples vertientes: género, multiculturalidad, discapacidad, personas en situación de pobreza, así como otras poblaciones vulnerables, como son las personas migrantes,  las privadas de la libertad, personas en situación hospitalaria, etc. Después del marco general, las panelistas (que han trabajado con distintas poblaciones y campos) presentarán su experiencia y los problemas a los que se han enfrentado.

Una panelista presentará la experiencia en los ámbitos de la inclusión en Maloka (Colombia), ligada a proyectos cuyo abordaje privilegia poblaciones en condiciones de vulnerabilidad económica y social (migrantes, poblaciones víctimas del conflicto, comunidades apartadas en diversos territorios del país) y proyectos con enfoque de género.

Otra panelista expondrá la experiencia y los hallazgos de una investigación acerca de la inclusión de personas con discapacidad en museos de ciencias en Brasil, en tanto instituciones culturales de promoción de la cultura científica.

La última panelista compartirá su experiencia en Chile en el periodismo de la ciencia con perspectiva de género, a partir de la visibilización pública que, como ‘fuente experta’, tuvieron académicas de diversas áreas del conocimiento durante la pandemia.

El diálogo en la mesa buscará identificar los problemas y retos comunes, así como las preguntas que aún hay que responder para mejorar la inclusión en la popularización de la ciencia en la región.”

Hora: 15h30-17h

Local: Auditório do Centro de Documentação e História da Saúde (CDHS)

A importância das ações itinerantes de popularização da Ciência no enfrentamento ao negacionismo científico

Participantes: Jonny Nelson Teixeira, Miriam Velázquez Aquino, Emerson Joucoski, Ana Carolina de Souza Gonzalez

Resumo: Na última década observou-se o acirramento dos movimentos anticiência, que praticam discussões sem nenhuma referência teórica e questionam conceitos científicos já consolidados pela comunidade científica. Este fenômeno, chamado de pós-verdade, embora pareça apenas uma simples visão distorcida de fatos reais, está muito mais ligado à disseminação e ao aceite dessa distorção por parte da sociedade.

O fenômeno da pós-verdade causa uma mudança na percepção e no comportamento das pessoas, levando a uma perda da dignidade das verdades que estruturam as sociedades e auxiliam na tomada de decisões de interesse público e privado.

Um dos seus propósitos é estimular as pessoas a disseminarem notícias falsas (fake News), que estão intrinsecamente ligadas ao processo de desinformação e à refutação da Ciência sem argumentos cabíveis. Isso faz com que essas pessoas sejam suscetíveis a discursos inflamados de ódio, preconceito e intolerância, além de táticas de uso do caos e de confusão como formas de manipulação da sociedade civil e da opinião pública, lançando mão de manobras populistas e extremistas

Os Centros e Museus de Ciências e os projetos itinerantes de popularização científica ligados ou não a estes espaços têm, como um dos objetivos principais, promover e aumentar os níveis de alfabetização e letramento científico, importantes para enfrentar o negacionismo científico e a disseminação de fake news, principalmente na área da Ciência e tecnologia.

Estes espaços geralmente estão instalados em cidades com maiores densidades populacionais, na maioria das vezes longe das periferias e dos interiores. Isso diminui a possibilidade de visitações da parcela mais pobre da população brasileira e da América Latina a estes espaços, diminuindo a oportunidade de promoção e aumento dos níveis de alfabetização científica dessa parte da sociedade.

As ações itinerantes de popularização da Ciência são importantes para que o conhecimento científico proveniente das academias, com a sua devida transposição didática e museográfica, seja apresentado para essa parcela da população, transpondo os muros das Universidades, instituições e, em alguns casos, dos próprios Centros e Museus de Ciência ligados a estas instâncias, democratizando assim a Ciência e promovendo ações de alfabetização científica.

Assim, um dos objetivos dessas ações de popularização da Ciência é sensibilizar as pessoas sobre a importância do conhecimento científico para a vida, considerando que isso melhora a percepção pública da Ciência, além de promover o pensamento crítico, favorecendo que os cidadãos identifiquem as fake News e as descartem na construção de suas argumentações e leituras de mundo.

Esta mesa redonda tem como objetivo apresentar algumas ações itinerantes de popularização da Ciência em regiões diferentes do Brasil e da América Latina e discutir sua importância nos processos de promoção da alfabetização científica para enfrentar o negacionismo científico em ascensão na região.

Hora: 15h30-17h

Local: Auditório do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS)

 

12 DE JULHO

La comunicación pública de la ciencia como campo profesional: diferentes miradas, retos y perspectivas

Participantes: Elaine Reynoso Haynes, Maria Eugenia Fazio, Sigrid Falla, Luis Amorin

Resumo: Una profesión se constituye a partir de una segmentación de la producción del conocimiento y de su propio ejercicio para lo cual se requiere de una capacitación educativa de alto nivel; criterios establecidos para valorar la competencia de los individuos; control sobre el contenido del trabajo, una organización propia y normas éticas para el ejercicio profesional (Fernández, 2001).

Brian Trench (2017) considera que muchos de estos conceptos son aplicables al campo de la comunicación pública de la ciencia (CPC). Entre los parámetros que propone para medir el nivel de “madurez” de un campo profesional menciona: una delimitación del campo del conocimiento ampliamente aceptada; las posibilidades para hacer una carrera profesional, una formación profesional universitaria, literatura especializada, foros académicos, autonomía en el trabajo, un código de ética y asociaciones y redes de profesionales.

Con base en lo anterior, se podría decir que la CPC es un campo de conocimiento que se encuentra en un proceso de construcción y consolidación que se nutre de diferentes disciplinas para cumplir con una gama amplia de objetivos, empleando una diversidad de medios, formatos y espacios para llegar a diferentes sectores de la población.  Se emplean diferentes enfoques teóricos para su análisis, realización y evaluación.  El universo de comunicadores de la ciencia se compone de personas con diferentes trayectorias profesionales con un número creciente de personas de tiempo completo, los que realizan esta actividad como una tarea complementaria a otras labores profesionales y los “free lance”.  Existen otras tareas relacionados con la CPC como son la gestión, la vinculación, la evaluación y la investigación.  En cuanto a la formación profesional, la oferta nivel mundial de programas para formar a profesionales de la CPC es muy variada en lo que se refiere a su duración, grados que otorgan, requisitos de ingreso y egreso; enfoques y contenidos de los programas.

Esta heterogeneidad del universo de la CPC y la falta de precisión del campo de conocimiento, ponen a la comunidad de CPC en una situación de vulnerabilidad.  Existe casos de improvisación con resultados poco exitosos que generan una imagen negativa, trivializada y un desprestigio ante los que toman las decisiones sobre el rumbo y el futuro de la CPC.  La falta de reconocimiento y entendimiento de la importancia de su función dentro de la sociedad, pueden colocar a las instituciones y a las personas en una situación de fragilidad ante cambios políticos e institucionales.  El intercambio de las experiencias y los retos a los que nos enfrentamos como comunidad de comunicadores de la ciencia en los diferentes países, así como las estrategias y propuestas, nos servirán para caminar juntos como comunidad de la RedPop hacia el fortalecimiento y consolidación de la CPC como campo profesional. 

Hora: 15h30-17h

Local: Auditório do Centro de Documentação e História da Saúde (CDHS)

Divulgação da ciência sobre C&T de biomodelos: Experiências e Desafios

Participantes: Klena Sarges Marruaz da Silva, Monica Valdyrce dos Anjos Lopes Ferreira, Rafaela da Cruz Figueredo,  Rosicler da Silva Neves

Resumo:Os animais têm sido utilizados em análises in vivo é, ainda, etapa fundamental em muitos estudos científicos, inclusive para a pesquisa e desenvolvimento de medicamentos e vacinas. Esses modelos animais são empregados na investigação da resposta dos organismos vivos e de seus diferentes e complexos sistemas face aos estímulos conduzidos na experimentação.

Entretanto, torna-se imprescindível avaliar a utilização de animais em termos amplos, levando em consideração a relação custo-benefício das pesquisas em saúde para toda a população e para os próprios animais.

Atualmente, a ciência de animais de laboratório em todo o mundo é regida pelos princípios dos 3Rs, que são inspirados nos conceitos de sustentabilidade ambiental, e suas iniciais em inglês, representam: redução (Reduction), refinamento (Refinement) e substituição (Replacement), ou seja, compreende a redução do número de animais utilizados na pesquisa, a melhoria na condução dos estudos, no sentido de minimizar o sofrimento ao mínimo possível, e a busca de métodos alternativos que, por fim, substituam os testes in vivo.

Assim, a divulgação científica e a responsabilidade compartilhada de todos os envolvidos na ciência de animais de laboratório em apoiar e promover a conscientização pública sobre o assunto tem um papel extremamente relevante. Palestrantes e mediadora irão apresentar os casos de sucesso de suas instituições e discutirão as dificuldades e os desafios enfrentados, lições aprendidas e resultados alcançados.

Assim, o objetivo da mesa redonda é mostrar a importância da participação da sociedade na discussão do uso de animais de laboratório em pesquisa biomédica a nível do Brasil e da América Latina de modo a ser construída uma agenda colaborativa de pesquisa e ações práticas de divulgação científica, e implementação dos princípios dos 3R’s pela comunidade científica e representantes da sociedade civil.

Nesta mesa, três palestrantes de instituições públicas apresentarão iniciativas utilizadas na divulgação científica e na aplicação de biomodelos em substituição aos animais de laboratório.

Hora: 15h30-17h

Local: Auditório do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS)

Experiências de acessibilidade em Museus de ciências e Exposições presenciais internacionais

Participantes: Willian Vieira de Abreu, Jéssica Norberto Rocha, Ana Carolina Alves Vicente, Gabriela Sehnem Heck

Resumo: Compreender, em um cenário nacional e internacional, como se dá a acessibilidade e inclusão de pessoas com deficiência nos museus e centros de ciências é um dos objetivos do Grupo MCCAC, criado em 2016. As pesquisas são voltadas a públicos com deficiências diversas, dentre elas a visual, auditiva, intelectual, física, e deficiências múltiplas. O grupo contempla pesquisadores de diversas partes do Brasil, que desenvolvem pesquisas dentro e fora do país, tornando seus resultados diversos em âmbito cultural, nacional e internacional. Nesta mesa redonda, propomos a apresentação das pesquisas desenvolvidas por três membras do grupo MCACC, com foco voltado à acessibilidade em museus e centros de ciências no contexto internacional. Serão debatidos estudos de caso realizados em três museus:  nos Estados Unidos (Museum of Science/ Boston), que após duas décadas de trabalho contínuo permitiram uma mudança organizacional em prol da acessibilidade e inclusão tanto para visitantes, quanto para funcionários;;na Inglaterra, onde foi possível identificar os indicadores de acessibilidade para discutir o papel do museu na construção do capital da ciência de pessoas com deficiência;  e uma experiência em Portugal, onde verificou-se que existe uma preocupação com a acessibilidade, porém, preza-se a acessibilidade física, enquanto ações que contemplem outras dimensões da acessibilidade mostraram-se pontuais, distanciando o objetivo da acessibilidade plena no espaço. Assim, iremos apresentar os impactos que essas experiências têm nas pesquisas realizadas no Brasil pelo grupo

Hora: 15h30-17h

Local: Sala de aula 304 do Centro de Documentação e História da Saúde (CDHS)

13 DE JULHO

La comunicación de la ciencia y la salud ante emergencias sanitarias: análisis de la comunicación gubernamental implementada en países iberoamericanos ante su primer contagio local por COVID-19

Participantes: Margoth Mena Young, Ana Almansa Martínez, Daisy Margarit Segura, Diana Caho Rodríguez, Griselda Guillén Ojeda, María Aparecida Ferrari, Sandra Murriello, Lina Lay Mendivil

Resumo: Esta mesa redonda estará a cargo de la Red temática para la Evaluación de Procesos de Gestión pública en pandemia y Participación ciudadana (Evaprop), del Programa Iberoamericano de Ciencia y Tecnología -CYTED (https://www.cyted.org/es/evaprop). Esta red inició funciones en el año 2022 con el objetivo de evaluar las acciones de comunicación y participación ciudadana que implementaron, en 2020 y 2021, los Sistemas Nacionales de Ciencia, Tecnología e Innovación (CTI) de 8 países iberoamericanos (Argentina, Brasil, Chile, Colombia, Costa Rica, España, México y Panamá) como respuesta a la pandemia por COVID-19.

La mesa abordará el análisis comparativo de los procesos de comunicación gubernamental de las primeras normativas adoptadas ante la emergencia sanitaria y el contenido de las campañas informativas que se lanzaron para ello, valorándolas desde 3 vertientes teóricas: comunicación de la ciencia, comunicación del riesgo y comunicación política; todo ello enmarcado en un contexto multiamenaza que resultó tener características particulares en cada país que forma la red.

La lista a continuación resume las fechas de los primeros casos registrados de personas positivas por COVID-19 para cada nación; las de las declaraciones nacionales de emergencia o alarma; y los nombres de las campañas masivas que se seleccionaron, que tienen un énfasis en la circulación de material visual en redes sociales por parte de la entidad responsable de liderar la emergencia en cada país:

-Argentina: primer caso de COVID-19 en el país: 3 de marzo de 2020; declaración de la emergencia nacional: 12 de marzo de 2020; campaña: Cuidarte es Cuidarnos.

-Brasil: primer caso: 26 de febrero de 2020; declaración: 20 de marzo de 2020; campaña: Chequeo de Fake News sobre NovoCoronavírus.

-Chile: primer caso: 3 de marzo de 2020; 18 de marzo de 2020; campaña: Hazlo por tí, hazlo por todos.

-Colombia: primer caso: 6 de marzo de 2020; declaratoria: 17 de marzo de 2020; campaña: Empieza por tus manos.

-Costa Rica: primer caso: 6 de marzo de 2020; declaratoria: 16 de marzo de 2020; campaña: Hablemos sobre coronavirus. Mito-Realidad.

-España: primer caso: 31 de enero de 2020; declaratoria de alarma: 14 de marzo de 2020; campaña: Este virus lo paramos unidos.

-México: primer caso: 28 de febrero de 2020; declaratoria: 31 de marzo de 2020; campaña: Quédate en casa.

-Panamá: primer caso: 8 de marzo de 2020; declaratoria: 13 de marzo de 2020; campaña: ProtégetePanamá.

Hora: 15h30-17h

Local: Auditório de Bio-Manguinhos

Emoções e divulgação científica

Participantes: Luisa Massarani, Sigrid Falla, Graziele Scalfi

Resumo: O papel das emoções na divulgação científica é um fenômeno pouco estudado. As emoções podem ser abordadas na divulgação científica de formas diferentes: as emoções sentidas e expressas pelos divulgadores e divulgadoras da ciência; os conteúdos emocionais em produtos de divulgação científica; as emoções sentidas pelas audiências e pelos públicos de iniciativas de divulgação científica.

Nesta sessão, proposta pelo Instituto Nacional de Comunicação Pública da Ciência e Tecnologia do Brasil, temos como objetivo abordar o tema, sob diversas perspectivas.

A sessão será iniciada com um panorama geral sobre o tema. Em seguida, será apresentado um exemplo de uma exposição que possui conteúdos emotivos, a saber, “”La Ciencia del Amor y del Perdón””, desenvolvida pelo museu de ciência Maloka, na Colômbia, que visa promover aprendizagens significativas em torno da natureza das emoções, na construção de relações vitais para o desenvolvimento do ser em comunidade, como o amor, o conflito e o perdão.

Posteriormente, serão apresentadas duas abordagens metodológicas de estudos que visam analisar as emoções sob perspectivas diferentes. As propostas visam identificar componentes e padrões — individuais, interpessoais, sociais e culturais — de emoção, sem reduzir a experiência emocional e a expressão a um estado fisiológico ou avaliação cognitiva.

O primeiro protocolo a ser exposto teve como objetivo analisar em que medida famílias expressam emoções em visitas a espaços de ciência, incluindo museus de ciência e zoológicos, com a apresentação de resultados de um estudo de caso.

Finalizaremos as apresentações com uma pesquisa sobre como as emoções são expressas em redes sociais em torno das vacinas no Brasil, apresentando resultados de estudos com o Instagram e o Facebook nos anos de 2021 e 2022 durante a pandemia da Covid-19.

Esta mesa tem como proposta contribuir para o avanço dos estudos sobre as emoções na divulgação científica.

Hora: 15h30-17h

Local: Auditório do Museu da Vida Fiocruz

*Haverá legenda em português em tempo real
Divulgação Científica: função ou profissão? Delineando o mercado de DC e suas possibilidades de monetização

Participantes: Verônica Soares da Costa, Cíntia Gomes de Freitas, Gabriel Verçoza de Melo, Mellanie Fontes-Dutra

Resumo: Esta proposta de mesa-redonda visa debater três pontos centrais: 1) as estruturas do mercado de divulgação científica no Brasil e a possibilidade de desenvolver modelos de negócio rentáveis financeiramente; 2) estratégias para que um divulgador de ciência não se torne “refém” dos algoritmos das plataformas digitais diante das tentativas de monetização de seu conteúdo e, principalmente, 3) quem são as pessoas que atuam neste campo profissionalmente e de que maneira são remuneradas ou ganham recursos financeiros para seus projetos de DC. Além dos pontos anteriores, também buscamos abordar como a pluralidade no mercado de DC, em termos de regionalidade e maturidade dos negócios,  possibilita a criação de novas narrativas sobre a produção científica. Para isso, contamos com os seguintes convidados para a mesa-redonda: Cíntia Freitas, bióloga, fundadora e líder de relações públicas da Ciborga, empresa que se propõe a realizar comunicação de ciências permeada por afeto e emoções, entrelaçando a percepção humana e o conhecimento científico. Gabriel Verçoza, pesquisador e comunicador de ciências, que irá contar sobre a experiência com a Kala Ciência Cultura, empresa que assessora e desenvolve projetos de comunicação pública de ciências tendo como foco as populações periféricas e marginalizadas; e Mellanie Fontes Dutra, biomédica, neurocientista e professora, que falará sobre a divulgação científica que produz nas mídias sociais Twitter, Instagram e Tiktok. A mesa-redonda será mediada pela professora e pesquisadora Verônica Soares da Costa (PUC Minas), idealizadora e uma das fundadoras da Matildas Comunicação, empresa criada para prestação de serviços em comunicação com foco em ciência, tecnologia e inovação.

Hora: 15h30-17h

Local: Tenda da Ciência

Quais são as vozes da popularização da ciência? Conexões entre educação museal e estudos da linguagem a partir de pesquisas e práticas.

Participantes: Ana Carolina de Souza Gonzalez, Carla Gruzman, Susana Pinto Cavadas Afonso, Ana Sofia Cavadas Afonso

Resumo: Refletir sobre as vozes que habitam as práticas e a produção de conhecimentos no contexto da popularização da ciência é bastante oportuno. Especificamente no caso de museus de ciência, olhar para esse enredamento de atores sociais – que une uma gama de perfis profissionais e diversas audiências – pode abrir caminhos para entender como os diferentes papéis, atitudes e percursos formativos se constituem e se apresentam a partir da linguagem, em distintas perspectivas.

É por meio de objetos e coleções que os museus veiculam mensagens científicas. Selecionadas pelo olhar dos curadores, elas muitas vezes reforçam a ciência canônica, desconsiderando epistemologias alternativas. Mesmo quando objetos e coleções estão inseridos em narrativas socio-científicas, existe um fosso entre o valor que o museu atribui aos objetos e a experiência do visitante na interação com eles. A superação dessa barreira implica na adoção de modelos mais participativos de comunicação de ciência e na necessidade de pensar a formação dos profissionais com esse enfoque.

Igualmente, a diversificação de públicos do museu segue sendo um desafio, pois ultrapassar os muros físicos da instituição não é o mesmo que derrubar “muros mentais”. Ideias enraizadas sobre o que é o museu, quem o visita, quem educa e sobre o que se educa persistem. Determinados segmentos da sociedade continuam a enxergar o museu como um espaço que não lhes pertence, cujos objetos lhes são de difícil relacionamento emocional, intelectual e experiencial. Esses modelos mentais podem ser acessados através da forma como verbalizamos as nossas experiências. Qual é então o papel da linguagem no processo de ressignificação das experiências no/com o museu?

Alguns estudos buscam compreender as configurações, tensionamentos e sentidos que emergem da relação entre atores sociais (educadores, professores e estudantes) e agências que participam desse processo (o próprio museu, a universidade e a escola). A abordagem socio-histórica da linguagem, a linguística cognitiva, a semântica de frames e teoria das narrativas têm se mostrado perspectivas potentes para estudar tais questões e dar visibilidade aos fios discursivos, aos sujeitos e às práticas, que nem sempre parecem estabelecer claras conexões entre si.

Tais análises nos dão pistas sobre: a formação das teias discursivas; as múltiplas determinações de como os saberes são construídos; como os sentidos são balizados; as diferentes maneiras como sujeitos se relacionam com os processos educativos nos museus, suas percepções e visões sobre o lugar do museu na relação com a formação humana.

Considerando que essas perspectivas são expressões relevantes para compreender a diversidade de vozes presentes na popularização da ciência e reorientar as práticas, essa proposta de mesa redonda reunirá pesquisadoras do Brasil, de Portugal e do Reino Unido para refletir sobre os imbricamentos entre processos educativos e a linguagem no contexto de museus de ciência.

Hora: 15h30-17h

Local: Auditório do Centro de Documentação e História da Saúde (CDHS)

*Haverá legenda em português em tempo real
Centros de Comunicación de las Ciencias en universidades de Chile: desafíos y oportunidades a cero, cuatro y cinco años de trayectoria.

Participantes: Ronnie Reyes-Arriagada, Gladys Hayashida, Iván Suazo

Resumo: El fortalecimiento de la vinculación con la sociedad en ciencia, tecnología, conocimiento e innovación, responde a las necesidades de conocimiento y pericia de la sociedad civil y es un elemento clave que lo distingue de otros mecanismos de transferencia de conocimiento, como la difusión y extensión de proyectos de investigación , los cuales persiguen objetivos específicos de acuerdo a los intereses de las fuentes de financiamiento o de las líneas de trabajo de grupos de investigación específicos. Para resolver esta brecha, a nivel internacional una de las fórmulas que se ha potenciado al interior de las universidades son los Centros de Comunicación de las Ciencias. Entre las más destacadas se encuentran el Centre for Science Communication (University of Otago, New Zealand); Albert A. Bartlett Science Communication Center (University of Colorado, U.S.A.); Alan Alda Center for Communicating Science (Stony Brook University, U.S.A.); The Training Centre in Communication (University of Nairobi, Kenya) o la Dirección General de Divulgación de la Ciencia (Universidad Nacional Autónoma de México, México). En Chile, existen dos centros con una trayectoria incipiente en la región Metropolitana. Uno en la Universidad Andrés Bello, mientras que el otro centro lo conduce la Universidad Autónoma de Chile que funciona desde 2018 con el propósito de crear comunidades en torno al conocimiento y acercar la ciencia a la sociedad. Además, en la zona norte de Chile, en la Universidad de Antofagasta se encuentra la iniciativa CTyS (Ciencia, Tecnología y Sociedad) con cuatro años de trayectoria y que a partir de este 2023 se transformará en el Centro de Divulgación de Ciencias Extremas CEDICE, como resultado de un proyecto de fortalecimiento institucional, financiado por el Ministerio de Educación del Gobierno de Chile. Por último, en la Universidad Austral de Chile, la iniciativa VinculaCiencias, se espera inicie su accionar el 2023, considerando dos años de gestión previa para ello. Todas tienen como objetivos comunes: 1) la divulgación de las ciencias en diversos formatos; 2) la formación de la comunidad investigadora en ámbitos de la comunicación de la CTCI y 3) y la generación de productos de divulgación. La implementación de estructuras organizacionales, basadas en Centros de Comunicación de las Ciencias, permiten acortar brechas que promuevan avanzar hacia una efectiva vinculación ciencia y sociedad, la cual impacta el quehacer regional y abre las posibilidades para avanzar hacia una vinculación territorial donde las universidades cohabitan junto a una comunidad científica consolidada. Esta mesa discute sobre dificultades, desafíos, oportunidades y estrategias de implementación de estas unidades al interior de las universidades, con una mirada de acuerdo con distintas etapas de desarrollo institucional de cada una y considerando las realidades en tres zonas geográficas contrastantes como son la zona norte, centro y sur de Chile.

Hora: 15h30-17h

Local: Auditório do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS)